terça-feira, 29 de julho de 2008

Um corpo


Um corpo docente

Uma vida demente

Um monte de adeus

Uma estrada vazia

Mãos sem vida

Um olhar que não é meu

Liberdade dos sonhos

Nem sempre risonhos

Nuvem negra do apogeu

Flagelada noite,

Dias e acoites

De alguém que se perdeu

Vida, após vida

Demente, instiga

O ar que não é teu

Famigerada, segue

Em busca do nada

Alimenta, liberta o sol do adeus.

Onde mora piedade?

Que nega invade

Negra alma, se perdeu

Em montes lactentes

Como lava vulcânica

Explode em lágrimas

Calado grito teu!

Onde mora esperança?

Donde estão sonhos de criança?

Resulta o nada, do nada que é teu

Cálida simples, sincera

Lamenta, e com forças espera

O espaço no infinito, seu...

Olha, horizonte do nada

E em nada, fecha a porta do que não é teu...


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio dos Bandeirantes

Rio de Janeiro


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Cala-te alma


Diante de tanta tristeza

Sensível perde a beleza

O brilho, a cor

Ronda noites sem fim

Procura pedaços de mim

Olhos vagam o horizonte

Confundem-se com gotas que embaçam

A visão do corpo docente,

Alma, triste alma

Cala-te em nervos terrenos

Dissolve cálice em veneno

De vasta solidão do ser

Vaga entre ruelas escuras

Como se fosse tua

Palha deixada em um canto

Alma triste, solitária alma...

O medo detona a razão,

Com mãos nuas busca

O nada, do nada em vão

Cala-te alma o segredo

Deixa-te o ser sem perdão

Com olhos banhado em lágrimas

Alma se perde na escuridão

Cala-te alma...cala-te!


Texto com som:http://www.lindamulher.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=1094744Cláudia Aparecida Franco de Oliveira Recreio dos Bandeirantes Rio de Janeiro 00:01hs

sábado, 12 de julho de 2008

Solitária alma


Precipita ao vento

Lágrimas de cristal

Paira em pensamento

Destinada ao normal

Linha e desalinha

Fragmentada ilusão

Contorce pela vida

Alma em solidão

Estagnada alma

Inerte com o coração

Imperceptível respirar

Os alvéolos de seu pulmão

Deflagrada segue

Em busca de de si

Alucinada sensação

Alma, debilitada alma

Implora exaltação

A dor é impiedosa

Sorri na solidão

Onde deixa de florescer camélias

O sol não tem perdão

A lua inadequada chora

Lamenta fria condição

Alma, deflagrada alma

Estende-se mãos vazias

Devora a própria condição...


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio do Bandeirantes

Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Interagir com o Cósmo


Momentos de reflexão!

Onde alma entra na interação fluídica, posso perceber meu corpo etéreo pairar
Consigo verificar tudo a minha volta, móveis, objetos, até meu corpo, massa densa ali depositado com batimentos cardíacos lento.Mas há um fio vital que me liga à ele, quase imperceptível, mas está, começo então a viagem, não preciso de veículo, consigo me locomover apenas com pensamento, volitando entretido saindo fora da casa, indo por entre árvores, posso avistar o Mar com ondas cintilantes sob os refletores, e brilho das estrelas visão maravilhosa, estonteante, e lá permaneço por alguns momentos, derrepente como num estalar de dedos, estou já em outra esfera, um campo, flores, grama verde, e uma mata ao fundo, incomparável beleza, haviam pessoas alí, mas não pareciam importar-se com minha presença. Mais um impulso e estou fora da terra, vejo sua cor azulada, toda azul inimaginável sensação, estrelas piscando como holofotes, a realeza é tão grande que penso que posso tocá-las, e posso, se usar a força do pensamento poderei estar entre elas. Maravilhosa sensação, magnifica experiência, e num momento sinto ser chamada ao regresso, de uma forma rápida vejo meu corpo e retorno dando à ele a vitalidade que necessita para o despertar.E com essa maravilhosa experiência noturna acordo, vou até a cozinha aqueço chá no microondas, ligo computador e com a nitidades do momento vivido abro minha página do recanto e escrevo, relato o feito de minha alma volitante na madrugada.Acreditem se quiser, eu tenho plena convicção do fato!


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira
Recreio dos Bandeirantes
Rio de Janeiro

terça-feira, 8 de julho de 2008

Quero amar você!


De um jeito interessante

De menina/amante

Com todo meu prazer


Quero amar você!

Como se fora hora

De partir/chegar

De uma forma estonteante


Quero amar você!

Com brilho dos meus olhos

Refletindo nos teus

Com minhas mãos atrevida

Peculiar de adeus...


Quero amar você!

Dia/noite...beijos/açoites

Em desejos, meu e teu

Por todos os meus poros

Desbravando mares meu!


Quero amar você!

De um jeito singular

Forma deliciosa de amar

Desvendando o teu Eu


Quero amar você!

Com toda sua particularidade

Com toda tua ansiedade

E porque não nossa vontade

De ser somente sua/meu!


Vou amar você!

Envolvida nestes teus braços gostoso

Com esse sorriso maroto

De um jeito teu/meu.


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio dos Bandeirantes

Rio De Janeiro

domingo, 6 de julho de 2008

Noite calma


Mágica sensação

Ares da madrugada

Clima de sedução

Sem ser hora programada

Toques seculares

Vida na ponta dos dedos

Brisa ao despertar

Olhares e gestos sem medo

Magnifica experiência

Magia, carinho, aconchega.

Palavras doces, pairam no ar

Todo envolvimento peculiar

De corpos navegantes sem mar

Delicada emoção

Braços e abraços ardentes

Como num só estar

Doce Menino-Homem de sonhos

Deixa tua presa, represar

Cala o coração em beijos

Deleita os mais raros desejos

Sorri num grito exemplar

Dorme, inerte em paz

Desperta o Menino-Homem

Porque o sol já deleita sobre teu mar...


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio do Bandeirantes

Rio de Janeiro, 6 de julho de 2008

sábado, 5 de julho de 2008

lembranças


Cala-me saudades

De sentimentos profundos

De amor reclamado

Desejos acordados

Beijos apaixonados

Abraços apertados

Mãos entrelaçadas

De amar na madrugada

Segredo, secreto, desejos...

Doce quarto como testemunha

Delicioso e completo amor

Lábios procuram

Olhares passionais

Corpos em maresia

Bailam como profissionais

Ao som do clássico amor

Nesse Amor-amar!

Cala-me coração...

Recordo-te devaneio pensamentos

O som do mar arredio

Amor, secreto Amor

E em nós nada mais que solitários pensamento...


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio dos Bandeirantes

Rio de Janeiro