terça-feira, 29 de julho de 2008

Um corpo


Um corpo docente

Uma vida demente

Um monte de adeus

Uma estrada vazia

Mãos sem vida

Um olhar que não é meu

Liberdade dos sonhos

Nem sempre risonhos

Nuvem negra do apogeu

Flagelada noite,

Dias e acoites

De alguém que se perdeu

Vida, após vida

Demente, instiga

O ar que não é teu

Famigerada, segue

Em busca do nada

Alimenta, liberta o sol do adeus.

Onde mora piedade?

Que nega invade

Negra alma, se perdeu

Em montes lactentes

Como lava vulcânica

Explode em lágrimas

Calado grito teu!

Onde mora esperança?

Donde estão sonhos de criança?

Resulta o nada, do nada que é teu

Cálida simples, sincera

Lamenta, e com forças espera

O espaço no infinito, seu...

Olha, horizonte do nada

E em nada, fecha a porta do que não é teu...


Cláudia Aparecida Franco de Oliveira

Recreio dos Bandeirantes

Rio de Janeiro


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